De acordo com a Dra. Thaline Neves, a realização de exames de imagem é uma das principais formas de investigar sintomas ou monitorar condições clínicas. No entanto, durante essas avaliações, é comum que os radiologistas identifiquem alterações não relacionadas à queixa inicial. Essas descobertas inesperados são chamadas de achados incidentais e é importante compreender que, embora nem sempre indiquem algo grave, elas merecem atenção médica. Interessado em saber mais? Confira, nos próximos parágrafos.
O que é um achado incidental em exames de imagem?
Achado incidental é o termo usado para descrever qualquer alteração visualizada em um exame de imagem que não tem relação direta com o motivo da solicitação do exame, como informa a médica proprietária da Clínica View, Thaline Neves. Dessa forma, ele pode ser identificado em radiografias, tomografias, ressonâncias magnéticas e ultrassonografias,

Aliás, esses achados são mais comuns do que se imagina, especialmente em exames de alta resolução. Até porque, com o avanço das tecnologias de imagem, tornou-se mais fácil detectar alterações pequenas e silenciosas. Assim sendo, embora muitas dessas descobertas sejam benignas, outras podem exigir acompanhamento específico.
O que fazer ao receber um achado incidental?
Segundo Thaline Neves, receber um resultado com um achado inesperado pode gerar insegurança. Por isso, é fundamental entender que nem todo achado representa um risco real. Tendo isso em vista, a condução correta deve sempre partir da avaliação médica e seguir diretrizes clínicas.
Portanto, o primeiro passo é discutir o resultado com o médico solicitante. Ele poderá interpretar o laudo à luz do quadro clínico do paciente, decidindo se é necessário realizar exames adicionais, encaminhar a um especialista ou apenas observar ao longo do tempo. Em algumas situações, pode ser necessário um exame complementar com melhor resolução ou um acompanhamento periódico. Já em outras, o médico pode optar por não intervir, especialmente se o achado for pequeno, assintomático e com características benignas.
Quando os achados incidentais oferecem risco?
Essa é uma dúvida frequente entre os pacientes. A maioria dos achados incidentais não representa ameaça imediata, mas alguns podem indicar alterações que exigem atenção. Isto posto, a avaliação do risco depende do tipo, tamanho, localização e comportamento da lesão. Desse modo, lesões com características típicas de benignidade, por exemplo, geralmente não precisam de intervenção.
Por outro lado, achados com traços suspeitos podem exigir biópsia, ressonância ou acompanhamento por especialistas. No final das contas, a avaliação não deve ser baseada apenas no laudo, mas sim em uma análise conjunta entre o médico assistente e os exames clínicos.
Como lidar com a ansiedade gerada por achados inesperados?
Descobrir algo inesperado em um exame pode provocar preocupação, mesmo quando a alteração é considerada benigna. Logo, a comunicação clara com a equipe médica é essencial para reduzir esse impacto emocional. Conforme enfatiza a Dra. Thaline Neves, o paciente deve ser informado de forma acessível, com explicações sobre o significado do achado e os próximos passos. Em muitos casos, essa abordagem evita interpretações equivocadas e reduz a ansiedade desnecessária.
Ademais, é importante que o paciente evite buscar interpretações na internet sem apoio profissional. Uma vez que a internet pode fornecer informações imprecisas e alarmantes, gerando ainda mais angústia, de acordo com Thaline Neves, médica proprietária da Clínica View. Portanto, a melhor conduta é confiar no acompanhamento médico e seguir as orientações indicadas.
A necessidade de atenção e cautela diante de achados incidentais
Em suma, os achados incidentais em exames de imagem são cada vez mais comuns, graças ao avanço da tecnologia médica. Embora muitas dessas alterações sejam inofensivas, outras podem revelar condições que exigem atenção. Por isso, é fundamental que o paciente não tome decisões isoladas com base no laudo e mantenha diálogo constante com seu médico. Assim sendo, a condução adequada desses achados depende de uma análise individualizada, centrada na saúde integral do paciente.
Autor: Lissome Rynore